domingo, 5 de fevereiro de 2012

Interlúdio


Não é que eu não te ame mais. É que ando meio cansada de tantas explicações, de tantos receios e desencontros.

O amor real é pra ser vivido plenamente, não em pequenas porções. Não há risco de um de nós se empanturrar de tanto amor liberado e querer se controlar em uma dieta de sentimentos.

Não é que eu não te ame mais. É que eu não mais suporto a pressão de tanta indecisão e perguntas sem respostas. É que eu não tolero mais um segundo à sua espera.

Foram anos e anos e anos a espera de um tempo a mais, de uma chance a mais, de uma oportunidade de se ver e se entregar. E quando a espera findava, era apenas um interlúdio até a próxima, que poderia chegar em questão de segundos e durar até meses.

Não é que eu não te ame mais. É que eu preciso aprender a viver sem me preocupar com uma história que aconteceu mais dentro dos meus próprios pensamentos do que fora deles. É que eu preciso viver.

Então, não se sinta triste, nem fracassado. Não fracassamos, embora tenhamos errado em nos policiar tanto e não emancipar o nosso amor em sua plenitude. Não fique nem triste, porque o amor ainda está aqui. E é de verdade. Quando é de verdade, é pra sempre. Mesmo quando a separação se torna necessária.

Não é que eu não te ame mais. É que eu te amo tanto, mas tanto, que preciso me afastar pra descobrir se me amo o suficiente para lutar pela minha própria felicidade, ao seu lado mais uma vez!