terça-feira, 13 de março de 2012

Nossa Música


Hoje, logo cedo, ouvi a nossa música. Aquela que tantas vezes embalou nossos encontros secretos, onde celebramos o nosso amor proibido. Em meu peito, senti um baque, um resquício de saudade, uma centelha de paixão por alguém que me dispunha a esquecer.
Me senti estranha, nostálgica. Lembrei dos nossos beijos e abraços, dos encontros furtivos, dos detalhes, cada um deles passando em minha mente como um filme em preto e branco. Me recordei do "nosso" banco no jardim, encoberto por pequenas árvores e flores, onde os pássaros cantavam ao nosso amor; dos olhares trocados em meio a uma multidão, do toque 'involuntário" das mãos, dos pequenos esbarrões, dos sorrisos de apoio e de compreensão. E das vezes e vezes que ouvimos nossa música no som do carro, no acorde do seu violão, no som da sua voz.
Senti saudade e vontade de ter de volta o tempo em minhas mãos. Para viver mais uma vez uma história que parecia ser eterna, mas se perdeu no tempo e no meio das convenções sociais. Mas não há tempo que volta. Apenas há um coração que relembra e reviver, basta ouvir uma canção, ver uma foto, sonhar com uma lembrança, pequenos detalhes que serão, certamente, eternos!
Você me surpreende dia após dia. Ora por seus aparecimentos inusitados, no meio do nada, no meio de gente. Ora por seus sumiços inexplicáveis por dias, que mais parecem anos intermináveis.
Às vezes, você jura que me ama. Outras vezes, você me olha com ódio, rancor. Mágoa do passado que passou, e mesmo assim, ficou mal resolvido.
Não entendo direito seus sinais. Se me quer por perto ou se me quer longe de tudo que faz parte da nossa vida.
Então, me diz se fico ou se vou. Se vale minha vontade, quero ficar no seu abraço, mesmo se o futuro nos reservar desafetos, o deslumbramento que sinto por você, certamente será eterno!